Segunda-feira, 11 de Julho de 2005

A génese da Trova do Vento que Passa

Isto tem estado complicado. A grande quantidade de trabalho não joga lá muito bem com este calor. Na verdade a quantidade de coisas para fazer não joga nada com um dia de só 24 horas. Mas vamos lá, aguenta-se.


Hoje trago-vos a maneira como nasceu o poema Trova do Vento que Passa contada pelo autor, Manuel Alegre, a José Carlos de Vasconcelos, no Jornal de Letras nº 907, já aí nas bancas:


"Venho de Angola, da cadeia, estou com residência fixa em Coimbra, rcordo absoluta e exactamente o momento em que 'nasceram' os seus primeiros versos. Eu vinha de casa, ia a atravessar a Praça da República com o Adriano(Correia de Oliveira) e havia uns pides a seguir-nos, a minha vida já estava a ficar muito negra. O Adriano disse,«lá vêm eles». E, de repente, saíram-me os últimos versos:«Mesmo na noite mais triste/em tempo de servidão,/há sempre alguém que resiste,/há sempre alguém que diz não». E o Adriano comentou: «Iso é uma coisa fantástica. Agora tens que escrever o resto. Porque podes nunca escrever nada, mas esses versos vão ficar, para sempre, na memória de todos». Mal ele imaginava que isso em parte viria a acontecer graças à sua interpretação da música que para ela escreveu o (António) Portugal.


O poema começou a circular, o Adriano tentou encaixar a primeira estrofe e as duas últimas em fados tradicionais, para irmos a Lisboa, à festa da recepção aos caloiros da Faculdade de Medicina. Mas não saia nada de jeito. De repente o Portugal - nunca mais me esqueci disso - começou a dar uns acordes na guitarra e fez aquela melodia fantástica, que casa perfeitamente com o poema. Eles lá ensaiaram e viemos para Lisboa - eu ilegalmente, pois tinha que pedir licença à PIDE e não pedi. Cantou o Adriano, foi um delírio, a seguir cantou o Zeca Afonso, delírio foi. E veio tudo para a rua cantar a «Trova», em coro."

publicado por maratonista às 19:56
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Sexta-feira, 8 de Julho de 2005

Concertos Promenade

Vão começar, em meados este mês, os famosos Concertos Promenade na cidade de Londres. São concertos de música clássica mas com um toque de humor e dirigidos principalmente à juventude. Lembro-me de ficar tardes em frente à tv fascinado com a maestria e humor clássico de Leonard Bernstein à frente da London Philarmonic. E a festa que na malta jovem fazia na plateia. Leonard Bernstein já não está cá para dirigir este Promenade mas penso que o evento vale a pena só por si. Seria bom que a nossa televisão pública emitisse, em directo ou em diferido, a totalidade dos concertos deste ano; para além do excelente serviço público que prestava era também uma maneira de apoiar e homenagear a população londrina nos momentos que passam.


publicado por maratonista às 19:41
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Quinta-feira, 7 de Julho de 2005

Corrente musical

A Fernandinha passou-me uma corrente sobre música. Vamos lá estão responder as questões.


Questão 1 – Tamanho total de arquivos de música no computador:
No computador do trabalho só tenho uma música, Strangers in the night cantada por Frank Sinatra, com o tamanho de 1235 kb.
No emprego ouço principalmente rádio e um ou outro cd. Em casa uso exclusivamente a aparelhagem de alta-fidelidade.


Questão 2 – Último Disco que comprei:

O cd de estreia a solo da Viviane


Questão 3 – Canção que estou a escutar agora:


Pois, obviamente, A vida não chega da Viviane


Questão 4 – Cinco canções que costumo ouvir ou que têm algum significado especial para mim.


Costumo ouvir muitas e há certas áreas de opera que me deixam de coração nas mãos.
Mas vamos lá então a canções simples:


- Strangers in the night, cantada por Frank Sinatra; era a canção preferida da minha mãe.

- We’re All Alone, cantada por Rita Coolidge.

- On The Sunny Side Of The Street, cantada por Peggy Lee.

- L’Important C’est La Rose, de Gilbert Bécaud.

- No Teu Poema, cantada por Simone de Oliveira.

(E ficou tanta música por dizer)



A quem vou passar esta corrente?

Ora cá vai:


à Aragana (aragana.blogs.sapo.pt)

à Sofia (otecto.weblog.com.pt)

à So12 (naoeshomem.blogs.sapo.pt)

à Ofeliazinha (ofeliazinha.weblog.com.pt)

à Lyra (abarcadelyra.blogspot.com)

publicado por maratonista às 20:24
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As explosões em Londres

No meio de muito, muito trabalho, espero responder ao questionário da Fernanda até ao fim do dia. Por agora, e acerca das explosões em Londres, já repararam que dos intervenientes na cimeira das Lages já só falta Portugal levar com uns petardos da rapaziada do Bin Laden. Deve ser por termos sido os anfitriões que vamos levar por último, porque entrar aqui deve ser muito mais fácil do que em Londres e Madrid.
publicado por maratonista às 14:49
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Terça-feira, 5 de Julho de 2005

Viviane

Tenho tanto por dizer
Tanto por te contar
Que a vida não chega
Tenho o céu e tenho o mar
E tanto para te dar
Que a vida não chega


Ando com esta música da Viviane na cabeça. É que não dá outra coisa.

publicado por maratonista às 16:43
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Segunda-feira, 4 de Julho de 2005

Jacques Tati

De volta ao trabalho esta foi mais uma segunda-feira típica.

Resolvi dar uma pequena volta ao blog. Farei algumas experiências com cores e “templates” e serei mais inter-activo com os comentários.
Entretanto dou-vos a conhecer que o jornal Público de hoje trazia, por mais 25 euros, um conjunto de quatro DVD com filmes de Jacques Tati. A saber: Playtime - Vida Moderna, As Férias do Sr. Hulot, O Meu Tio e Há Festa Na Aldeia. Valem cada centavo. São filmes humorísticos mas de um humor refinado e, tal como os filmes de Charlie Chaplin, imbuídos de um grande humanismo. Playtime - Vida Moderna é genial, com muitos pontos de contacto com o filme Tempos Modernos de Charlie Chaplin. O meu preferido é Festa na Aldeia, uma maravilha que, na minha modesta opinião, é um dos melhores filmes de humor de todos os tempos. É claro que não são filmes para o riso fácil e a língua falada é o francês mas vale a pena, para quem não conhece Jacques Tati, a aventura do conhecimento.

publicado por maratonista às 19:57
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Sexta-feira, 1 de Julho de 2005

Volta Pedestre ao Minho

Sabem, este calor, que por aqui rebentou outra vez, trouxe-me à lembrança a volta pedestre ao Minho que em meados dos anos oitenta eu e mais uma trintena de atletas palmilhámos num mês de Agosto calorento. E não eram só homens. Três bravas raparigas também a fizeram e acabaram. Agora imaginem: mês de Agosto, temperaturas na ordem dos 40 graus, o Minho com as suas estradas de sobe e desce e a obrigatoriedade de fazer cerca de 350 quilómetros em 9 dias. O resultado final encheu os nossos lusitanos peitos de orgulho; os espanhóis desistiram todos sem capacidade física para aguentarem a dureza da prova. O francês, vencedor da primeira maratona das areias no Sahara (a célebre Marathon des Sables), não aguentou a acidez do vinho verde e desistiu com uma crise de diarreia. Devo referir, de passagem, que o evento não era competitivo; apenas tínhamos que aguentar todas as etapas, no total de 17, para no final recebermos o diploma comprovativo.

Tirando a dureza da prova, coisas houve que ficaram memoráveis. Na altura ainda era preciso apresentar o bilhete de identidade (no mínimo) para se atravessar a fronteira para Espanha mas a organização fez um acordo com as autoridades e mediante a apresentação dos documentos no dia anterior foi possível realizar uma etapa para a história. A etapa da parte da manhã tinha como termo as termas do Gerês, onde ficámos a almoçar. A etapa da tarde foi a tal etapa. Saímos das termas do Gerês pelas quatro da tarde em direcção à Fronteira do Homem, onde passamos a correr sem parar, com os guardas a aplaudir. A chegada foi na povoação espanhola de Lovios.


Um colega aqui de Braga é que passou um pedaço mau. Depois de um dia muito duro (afinal de contas fazer cerca e 40 quilómetros de corrida no montanhoso Gerês em pleno mês de Agosto não é pêra doce) e quando fomos para o jantar que os espanhóis nos prepararam, o Germinal mal entrou na sala e sentiu o cheiro dos fritos começou a ficar branco e as pernas a cederem. Lá o sentámos da parte de fora e lhe prepararam uma canjinha. Mas mesmo assim aguentou-se até ao final.


É pena já não se fazer esse evento desportivo mas o facto é que neste país os apoios ao desporto apenas olham o futebol e o resultado é que as iniciativas acabam todas por morrer ao fim de algum tempo.

publicado por maratonista às 20:03
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