Quarta-feira, 31 de Maio de 2006

uma pausa

31 de Maio.
última quarta-feira do mês
aniversário do nascimento do grande poeta americano Walt Whitman
dia de estar com amigos
conversas ao redor da mesa, dos pratos, dos copos
uma pausa antes que o amanhã chegue
o calor volte a subir
e os bits e bytes conspirem para me porem
a mandar uns "bitaites" para a atmosfera
acerca dos autores de determinada aplicação
uma pausa, apenas uma pausa
publicado por maratonista às 16:26
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Terça-feira, 30 de Maio de 2006

trabalho infantil

Tá um tipo na sua de se queixar de tudo (o calor, o calor, o calor) quando se depara com esta reportagem na revista ÚNICA, suplemento do jornal Expresso, acerca do trabalho infantil. Já nem falo do caso português mas sim da reportagem de Ana Sofia Fonseca no Peru.
Para começar uma fotografia de uma criança a entrar numa fabriqueta qualquer e o aviso, em letras grandes na parede amarela:
   AVISO
NO ROBAR PORQUE
SI TE VEO TE MATO

Depois aquelas frases de crianças trabalhadoras. Cito só duas:

«Imaginas o que é ter fome? É sonhar com um pedaço de arroz ou uma perna de frango e fingir que o estômago não doi para a mãe não ficar ainda mais triste.»
(Robinson Becerra, 12 anos)

«Se eu fosse uma princesa, assim como as dos contos, tinha uns sapatinhos de cristal, daqueles lindos! Ou de verniz...Ai, era tão bom! E vivia num palácio e tinha bonecas e não precisava de trabalhar. Gosto tanto de Barbies, o MANTHOC deu-me uma no Natal. Foi o presente mais lindo que tive, nunca tinha tido nenhum. Gostava tanto de ser princesa...Mas esta lama dava-ma cabo dos sapatos, tinha de viver num sítio com ruas a sério (sorriso). Já viste se eu fosse mesmo princesa? Ia para longe e nunca mais carregava tijolos.  É muito duro o meu trabalho. Eu ia ser uma princesa boazinha, não me ia esquecer de Deus nem dos pobres. Na tua terra as casas têm água? Eu quero ir à Europa, o Robin sabe muitas coisas, ele diz que lá não há lama e que as crianças não trabalham. Sou uma sonhadora, não é? (Suspiro)»
(Luz Roxana Diaz, 12 anos)

sinto-me: furioso
publicado por maratonista às 19:26
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está calor, não está?

Parece que a vaga de calor está a passar, embora digam que volta a partir de Quinta.
É que não consigo acabar um treino sem que não fique de rastos, com uma perna a pedir licença à outra para a passar.
Entretanto, beber gasosa geladinha logo pela manhã faz com que a garganta comece a gritar pelo paracetamol.
publicado por maratonista às 15:00
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Segunda-feira, 29 de Maio de 2006

gaspacho amim, gaspacho a ti

Ah. Muito gosto eu destas prosas. Do nº 57 da revista EPICUR (já aí nas bancas) e acerca do gaspacho:
"Gregório Marañon, espanhol e homem grande das letras e da medicina, sobre o gaspacho à portuguesa dizia que «...o instinto popular adiantou-se em muitos séculos aos professores de dietética e essa emulsão de azeite em água fria juntamente com vinagre, sal, tomate, pão e pimentos contém tudo o que é necessário para sustentar trabalhadores sujeitos às condições mais duras». Falava dos ceifeiros do Alentejo, dobrados a ceifar de sol a sol. E acrescentava: «...se poderem beber um copo de vinho têm uma completa refeição.»
sinto-me: contente
publicado por maratonista às 19:31
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Sexta-feira, 26 de Maio de 2006

bizantinice

Isto é uma autêntica bizantinice

Investigadores desvendam enigma do ovo e da galinha
Um investigador, um filósofo e um avicultor acreditam ter desvendado um dos mais velhos e populares enigmas da humanidade: saber o que surgiu primeiro – o ovo ou a galinha, segundo a edição desta sexta-feira do diário britânico The Times.
A resposta para os pensadores e o avicultor é inequívoca: primeiro foi o ovo.
O argumento é que o material genético não se transforma durante a vida do animal, pelo que a primeira ave que no decorrer da evolução se transformou no que hoje chamamos de galinha existiu primeiro como embrião no interior de um ovo.
Para John Brookfield, especialista de genética evolutiva da Universidade de Nottingham (Inglaterra), a questão é bastante clara. O organismo vivo no interior do ovo tem o mesmo ADN que o animal que nascerá, pelo que «a primeira coisa viva que podemos qualificar sem receio de equívocos membro dessa espécie é o ovo».
David Papineau, especialista em filosofia da ciência do King´s College londrino, concorda com o seu colega: a primeira galinha saiu de um avo, e é um erro pensar que o primeiro ovo de galinha foi uma mutação produzida por pais de outra espécie.
«É um ovo de galinha se no seu interior estiver uma galinha», disse Papineau, exemplificando: «Se um canguru pusesse um ovo e dele saísse uma avestruz, o ovo seria de avestruz e não de canguru».
O jornal cita ainda Charles Bourns, avicultor e presidente de um organismo do sector avícola, que contribuiu também para o debate: «Os ovos existiam já antes de nascer a primeira ave. Claro que talvez não tivessem o aspecto dos de hoje», concluiu.

in diariodigital.sapo.pt
publicado por maratonista às 16:31
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so beautiful to me

A gora, nas colunas do pc, Ivan Lins canta "Lembra de mim" e lembrei-me.
De ti.
Mas quando penso em ti só me vem à lembrança "You are so beautiful to me".
so beautiful
to me

(é bom que o raio da Primavera passe depressa que isto já esta a bulir demais comigo)

(post a descambar um bocado, mas um gajo tem às vezes destas coisas)

(e é bom que isto pare por aqui antes que me torne verborreico)
publicado por maratonista às 13:42
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...

Ai Timor, como tudo isto doi!

(Maria Ângela Carrascalão, em Díli)
publicado por maratonista às 08:48
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Quinta-feira, 25 de Maio de 2006

um português contribuinte

Recebi este email e penso que vale a pena divulga-lo.

100 EUROS...


Em cada 100 euros que o patrão paga pela minha força de trabalho, o
Estado,   e muito bem, tira-me 20 euros para o IRS e 11 euros para a
Segurança   Social.
O meu patrão, por cada 100 euros que paga pela minha força de  trabalho, é obrigado  a dar ao Estado, e muito bem, mais 23,75 euros para a Segurança Social.
E por cada 100 euros de riqueza que eu produzo, o Estado, e muito bem, retira  ao meu patrão outros 33 euros.
Cada vez que eu, no supermercado, gasto os 100 euros que o meu patrão pagou,  o Estado, e muito bem, fica com 21 euros para si.

Em resumo:
 - Quando ganho 100 euros, o Estado fica quase com 55.
 - Quando gasto 100 euros, o Estado, no mí­nimo, cobra 21.  
 - Quando lucro 100 euros, o Estado enriquece 33. 
 - Quando compro um carro, uma casa, herdo um quadro, registo os meus negócios  ou  peço uma certidão, o Estado, e muito bem, fica com quase metade   das verbas envolvidas no caso.

Eu pago e acho muito bem, portanto exijo:

» Um sistema de ensino que garanta cultura, civismo e futuro emprego
para   os  meus filhos.
» Serviços de saúde exemplares.
» Um hospital bem equipado a menos de 20 km da minha casa.
» Estradas largas, sem buracos e bem sinalizadas em todo o país.
» Auto-estradas sem portagens.
» Pontes que não caiam.
» Tribunais com capacidade para decidir processos em menos de um ano.
» Uma máquina fiscal que cobre igualitariamente os impostos.

Eu pago, e por isso quero ter, quando lá chegar, a reforma garantida e jardins  públicos e espaços verdes bem tratados e seguros.
Polícia eficiente e  equipada.
Os monumentos do meu País bem conservados e abertos ao público, uma orquestra sinfónica.
Filmes criados em Portugal.
E, no mínimo , que não haja um único caso de fome e miséria nesta terra.
Na pior das hipóteses, cada 300 euros em circulação em Portugal
garantem   ao  Estado 100 euros de receita.
Portanto, Sr. Primeiro-ministro , governe-se com o dinheirinho que lhe dou  porque eu quero e tenho direito a tudo isto.

Um português contribuinte.
publicado por maratonista às 11:26
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Quarta-feira, 24 de Maio de 2006

olhos, apenas olhos

nos devagares de ontem
a tua mão roçando na minha
numa sensualidade reprimida
pelo medo dos olhares alheios

olhos, apenas olhos,

as emoções escondidas
atrás das cortinas que tapam
a vista para dentro dos corações
solitariamente magoados

olhos, apenas olhos,

que o sonho de tocar
a tua pele é só isso
um sonho de uma tarde
de Primavera no olhar.

(olha eu acordado)
publicado por maratonista às 11:24
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Terça-feira, 23 de Maio de 2006

Um caso de arrepiar

Li hoje uma notícia no jornal Público que me fez arrepios. Um promotor imobiliário raptou uma velhinha de 89 anos e meteu-a numa casa que recolhia idosos com o objectivo de vagar a casa que ela habita a fim de a vender. Não fosse e empregada da idosa ser uma pessoa expedita e ter feito queixa na PJ do  seu desaparecimento isto passava tudo em segredo, até porque a idosa tinha dinheiro no banco e eles (o promotor e a dona da casa) estavam a arranjar tudo para que ela ficasse naquela casa utilizando o dinheiro para pagar a mensalidade. Agora eu pergunto-me: se essas casas aceitam que qualquer pessoa interne um idoso sem qualquer documento que identifique e comprove a responsabilidade da sua acção o que é não andará a passar-se por aí?
publicado por maratonista às 10:37
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