João Medina, no JL, no artigo Brel forever.
E, assim, ao partir tão cedo, Brel lograva ficar eternamente jovem, sem tempo de se converter num daquela récua de "cons" estupores que ele denunciava como o produto fatal do envelhecimento e da matura idade, daqueles jovens que começavam poe se darem ares de Casanova ou Voltaire, para mais tarde acabarem como notários, advogados, proprietários, académicos, generais, juízes ou carrascos, queixando-se das irreverências dos moços atrevidos e insolentes que os invectivavam e lhes mostravam os seus rabos...Agora que Brel se foi, só a sua pura voz nos resta, voz eternamente jovem,para os jovens do mundo intereiro aprenderem a ser irreverentes e causticos contra os cerdos desta imensa Bélgica planetária que vai de Buenos Aires a São Petersburgo e de São Francisco a Calcutá.