África. Uma pequena aldeia no interior de um desses pequenos e pobres países formada quase de um dia pera o outro com refugiados. Uma mãe embala uma criança de seis anos, com ar de ter apenas 3 aninhos. Canta uma música que já a mãe dela cantava por a ter ouvido à avó. Nem mãe nem criança, como quase todos os outros dentro desse campo, não comem nada que não seja erva à uma semana. Água só a da chuva. A criança acorda vê o rosto da mãe e sorri. Diz-lhe que tinha sonhado que havia sítios com casas muito grandes cheias de prateleiras com comida. Que havia sítios onde homens fardados não atacavam as aldeias e matavam quem não era da tribo deles. Que havia sítios onde as crianças tinham brinquedos e riam. A mãe sorrio deu-lhe um beijo na cabeça e disse-lhe para dormir que ela cantaria um acanção bonita. E a criança sorrio também tornou a adormecer e teve tempo para mais um sonho andes de o coração parar de bater e antes de a mãe, sentindo que o corpo nos braços jazia já sem vida, o pousar docemente no chão depois de lhe dar mais um beijo, levantar-se e dirigir-se, apesar dos gritos de chamamento das outras pessoas, para o terreno minado à volta do campo.
Num país ocidental os senhores da guerra que destroi este país Africano sentam-se a uma mesa para conversações. Vestem fatos Pierre Cardan. No pulso um Rolex e no bolso do casaco um acaneta Mont Blanc. Os políticos desse país ocidental foram receber à porta estes senhores da guerra. Apertaram-lhes as mãos e sorriram perante o disparar das máquinas fotográficas da imprensa.